Cruzada Eucarística. A Cruzada
Eucarística recebeu da acção do P.e Mariano Pinho um enorme incremento em
Portugal. A Alexandrina também foi membro da associação, como o documenta o seu
emblema. Saiu na revista Cruzada um
relato da instalação em Balasar desta aguerrida e infantil associação.
Cruzeiro de Balasar. O actual Cruzeiro
de Balasar data de 1955, do tempo do P.e Leopoldino e do final da vida da
Alexandrina; é cópia do da freguesia de Vairão, do concelho de Vila do Conde.
Cunha, D. Manuel Baptista da. Arcebispo de Braga que faleceu em Vila do Conde
em exílio, em 13 de Maio de 1913, aonde chegara em 19 de Dezembro do ano
precedente. Daí a Alexandrina não ter sido crismada pelo arcebispo da sua
diocese, mas pelo então Bispo do Algarve.
Decreto das Virtudes Heróicas. Este
decreto culminava uma longa caminhada, que incluía o Processo Informativo
Diocesano e o estudo dos seus escritos por peritos nomeados pela Santa Sé. Nele
se reconhecem oficialmente as virtudes e feitos da Alexandrina. A publicação do
Decreto das Virtudes Heróicas em 1996 foi um passo que abriu as portas à beatificação,
que ocorreu oito anos depois.
Deolinda. Irmã mais velha da
Alexandrina (Balasar, 21/10/1901 – ibidem, 6/12/1982) e sua companheira
inseparável, como enfermeira e secretária. Profissionalmente era costureira.
Jesus prometeu que ela iria directamente para o Céu, sem passar pelo
Purgatório.
Desconectação dos ossos. Cga p 377
Diário Autógrafo. Livro da Alexandrina.
Dias, Oliveira. Sacerdote jesuíta,
amigo do P.e Mariano Pinho, professor no Seminário Conciliar, visitou
frequentemente a Alexandrina até ir para o Brasil. Deixou uma obra muito
apreciada sobre oratória sacra, intitulada Elementos
de Arte Concionatória. Foi director espiritual duma freira, a que se chamou
Abscôndita e em que ele supôs erradamente que se manifestavam fenómenos
místicos muito palpáveis.
Ditadura. 1926-1933
Doenças.
Cga p. 755 ss; Dr. Azevedo
Durão, António. Sacerdote jesuíta. Em
30 de Maio de 1937, veio colher informações relativas à Consagração, junto da
Alexandrina, por ordem da Santa Sé. As referências que sobre a visita ela escreveu
na Autobiografia deixam do P.e António Durão a melhor imagem. Figlia 439
Dúvidas contra a fé.
Eis a Alexandrina. Livro escrito pelo P.e
Humberto Pasquale, no seu original italiano tinha o título de Voleva Chiudere l’Inferno (Queria fechar
o Inferno). Surgiu como preparação para o Processo Informativo Diocesano. A
edição portuguesa data de 1967.
Entrega da Humanidade.
Escola de Mónica Cardia. Era este o
nome da escola primária que a Alexandrina frequentou na Póvoa. A patrona desta
escola foi uma ilustre poveira do século XVII, “beatificada pelo povo”; deixou
um legado à Confraria do SS. Sacramento, para com os seus rendimentos se
fazerem perpetuamente as cerimónias da Semana Santa. A professora que lá
ensinava chamava-se
Escolas de Balasar. Hoje existem várias
escolas do ensino básico em Balasar, mas não era assim ao tempo da infância da
Alexandrina. Nomeadamente não existia ensino para meninas. Professores
Escritos.
Escudetes de fechadura. Expressão com
que se designam as vistosas e artísticas ferragens que noutros tempos ornavam a
fechadura dos portais das casas de lavoura. Em Balasar ainda se vêem dezenas
deles, em diferentes estados de conservação.
Esculturas da Alexandrina. Está ainda
por esculpir uma boa imagem da Alexandrina, que misture realismo e
criatividade. Isso implica o estudo das suas fotografias, do modo feminino de vestir no seu tempo. Além da escultura (de má qualidade) que se encontra junto ao túmulo em Balasar,
existe uma outra na igreja paroquial da Estela.
Espanha. M
Estado Novo. A Alexandrina pôde
testemunhar na Póvoa os terríveis desmandos republicanos, que levaram à
expulsão dos Jesuítas, das Irmãs Doroteias, das Irmãs de Caridade e, mais
tarde, à do pároco poveiro. O P.e Mariano Pinho fez quase todos os seus estudos
no estrangeiro, como exilado. Inevitavelmente, estas pessoas, como o comum dos
Portugueses, tiveram uma atitude de grande aceitação face ao regime do Estado
Novo, que resgatou a Igreja Católica das humilhações sofridas durante a
República. o Dr. Abílio Garcia de Carvalho, que também sofreu vexames da
República, foi talvez a figura mais destacada do novo regime na Póvoa de Varzim
dos anos Trinta. Salazar visitou a Póvoa em 1933 porventura principalmente por
seu empenho que, com o objectivo de estudar a possibilidade de levar por diante
as obras do porto de pesca. O Dr. Abílio Garcia de Carvalho veio a Balasar
instalar a comissão em Julho de 1933,
cerca de um semana antes da chegada do P.e Leopoldino. Era das Fontainhas e
chamava-se José António de Sousa Ferreira um vereador das câmaras a que
presidiu o mesmo Dr. Abílio Garcia de Carvalho. O P.e Leopoldino não foi uma
figura de proa do regime, mas foi sem dúvida um seu decidido apoiante. Também
se distinguiu como apoiante do regime Joaquim António Machado, que era de
Gresufes e era o pai da Mariazinha Machado, que foi presidente da junta longos
anos. Um homem que tem ligação a Balasar e que foi também uma figura grada do
salazarismo foi o Dr. Josué Trocado. Salazar, a quem a Alexandrina escreveu
em , visitou as obras de restauro da
Igreja Românica de Rates em
Este. Afluente do rio Ave, este pequeno
rio, que nasce junto a Braga, serpenteia através de Balasar e no Inverno galga
as margens e alaga os campos vizinhos. Durante muito tempo, constituiu uma
barreira natural a dividir a freguesia. Já na Idade Média se construíram sobre
ele pontes no Casal e no Vau; antes houve um ou dois “portos” (certamente vaus). Desde tempos
antigos, o Este proporcionou a construção de represas que moviam moinhos (hoje
não há nenhum). Na obra da Alexandrina encontram-se algumas alusões a este rio
e mesmo a um moinho. Cga p. 344 nota
Estigmas. Os estigmas da Alexandrina
foram reais e dolorosíssimos, mas ficaram invisíveis, a seu pedido.
Estilo. A Alexandrina é um caso
literário original: ela não teve quase nenhuma instrução, mas escreveu muito e
não raro com reconhecida qualidade literária. Nem sequer era uma autodidacta;
podemos antes dizer que era uma inspirada: por vezes não entendia bem o que
ditava. Verbalizava com correcção o seu pensamento, tinha uma expressão
fluente, com um vocabulário diversificado, com recurso a imagens muito
originais; ordenava os seus textos com inegável justeza. Possuía uma sensibilidade
estética inesperada. Quer as cartas, quer os registos semanais dos sentimentos
da alma seguem esquemas de certa fixidez, mas apesar disso evidenciam uma
originalidade indesmentível. Escreveu principalmente prosa, mas também alguns
poemas. Na prosa encontram-se por vezes fragmentos altamente poéticos. Novo
texto do Summmarium
Eucaristia. Figlia 608
Eulália, Santa. Esta jovem santa do
século IV (c. 292-304) nasceu e foi martirizada em Mérida , cidade da província de
Badajoz, a menos de 100 km de Elvas. É a padroeira de Balasar. São detectáveis
algumas semelhanças entre ela e a Alexandrina, nomeadamente a vigorosa opção de
ambas por Cristo. Um pároco balasarense, o P.e António Martins de Faria,
escreveu e publicou, em finais do século XIX, um extenso poemeto narrativo onde
conta a vida de Santa Eulália e onde lhe exalta as virtudes. Balasar possui
diversas imagens da sua padroeira.
Êxtases. Ficaram célebres sobretudo os
êxtases da Paixão vivida pela Alexandrina com movimentos, a que assistiam
várias pessoas e um dos quais foi filmado. Durante eles, ela era insensível ao
mundo exterior. Mas ela mergulhou muitas mais vezes em êxtase. Às vezes fala-se
indiferenciadamente em êxtases e colóquios (estes colóquios com Jesus e a Mãe
de Deus ocorriam durante os êxtases). Fala-se de êxtases cantados, êxtases de
fé
Faria, António Martins de. Pároco de
Balasar entre 1873 e 1882, poeta e jornalista (Barcelos, 12/9/1837 - Póvoa de Varzim, 16/10/1913), foi depois para
a paróquia de Beiriz (concelho da Póvoa de Varzim), que também tem como
padroeira Santa Eulália. Além do poemeto sobre esta santa, publicou mais dois
livros de versos. Foi arcipreste.
Faria, Molho de. Cónego da Sé primacial
(Terroso, Póvoa de Varzim, 22/10/1904, Braga, 21/3/1982), professor do
Seminário Conciliar e escritor, foi conterrâneo e colega do Mons. Vilar. O seu
opúsculo O Caso de Balasar – Devoção aos
Servos de Deus (1957?) é sobretudo uma
alerta contra os exageros devocionais populares dirigidos à Alexandrina. Publicou
várias outras obras. Figlia 459 ss
Fátima.
Fátima e Balasar. Opúsculo do P.e
Humberto Pasquale que aproxima as revelações de Fátima e de Balasar. Não se
trata de colar gratuitamente a Alexandrina a Fátima: o seu autor conheceu bem
quer a mensagem de Fátima quer a própria Irmã Lúcia, com quem se correspondia,
e redigiu este escrito na Itália e. Data tradução portuguesa ?. Numerosas
edições em português. Data.
Feira das Fontainhas. Criada em 1929, chegou a ter um movimento muito expressivo,
como o documentam notícias de jornais e até uma ou outra fotografia. A mãe da
Alexandrina teve lá uma tenda para vender comida. Concursos pecuários, animação
musical Imagem Peregrina
Felício. Sacerdote jesuíta. Fala-se dele algumas vezes nos anos 30.
Ferreira, Angelina. Professora poveira do
ensino primário (30/3/1911-1/12/1993) que acompanhou desde cedo a Alexandrina.
Mulher muito decidida, admiradora do Estado Novo, foi uma testemunha relevante
no Processo Informativo Diocesano, sobretudo na defesa do bom nome do P.e
Mariano Pinho, que o P.e Agostinho Veloso pretendia desacreditar. Verificar
Ferreira, António Gomes. Sacerdote
natural de Balasar (datas- Terroso, Póvoa de
Varzim, 1938), do Lousadelo, a Alexandrina conheceu-o decerto muito bem; foi
arcipreste, mas nunca é mencionado na sua biografia nem nos seus escritos. Mas,
por uma ou outra notícia do correspondente balasarense dos jornais da Póvoa,
sabemos que visitou então a sua terra, como é natural.
Ferreira, João Alves. Médico de
Macieira de Rates cga p 92 nota, p 758 “Foi o médico que a assistiu mais tempo”
(P.e Leopoldino, 1943). Cga 774
Ferreira, José. Professor do ensino
secundário na Póvoa de Varzim, integrou o Secretariado para a Beatificação da
Alexandrina e nesta qualidade esteve na Praça de S. Pedro no dia da
Beatificação. Antes e depois desta data, falou repetidamente sobre a
Alexandrina na Rádio Onda Viva, além de a divulgar na imprensa escrita. Escreveu
dois livros de carácter antológico: Vinde
todos... à Descoberta da Alexandrina e Até
aos Confins do Mundo. Foi colaborador assíduo do ex-Sítio Oficial e tem
mantido correspondência com vários devotos e mesmo autores e editores
estrangeiros da mesma Alexandrina, a quem presta apoio informativo. Tem em
preparação, entre outros trabalhos, um desenvolvido estudo sobre a história de
Balasar.
Ferreira, José António de Sousa. Este industrial das Fontainhas, que foi vereador das
aldeias, do matadouro e do cemitério na câmara do Dr. Abílio Garcia de Carvalho
(193 - 1940), teve papel importante na
renovação viária de Balasar, nomeadamente na estrada que liga o lugar da Cruz à
Gandra e a Fradelos – e que passa à porta da casa do Calvário – nos anos . Promoveu a electrificação da freguesia.
Ferreira, Lino. Na biografia da
Alexandrina, Lino Ferreira é sobretudo o seu desapiedado vizinho e patrão de
alguns meses e um dos energúmenos que se quis aproveitar das jovens que
trabalhavam na sala da casa da D. Ana, provocando o Salto da Alexandrina, origem
da sua paraplegia. Chegou à inaudita baixeza de convidar a adolescente
Alexandrina para sua amante (P.e Humberto); possuiu uma mercearia. Terá sido ocasional
correspondente d’O Comércio da Póvoa de
Varzim. Republicano “democrático”, envolveu-se também na política local tendo
inclusive presidido à Junta entre 1919 e 1923. Por altura do episódio do
ataque aos protestantes, tratou a D. Ana com grande rudeza.
Ferreira da Silva e Sá, Manuel. Datas Manuel Ferreira da Silva e Sá foi um balasarense adoptivo a quem a freguesia
muito deve, como dinamizador cultural. Natural de Leça de Palmeira, veio para
chefe da estação das Fontainhas em 1 de Novembro de 1900 e aí se fixou
definitivamente. Foi um homem de múltiplos ofícios e o principal impulsionador
da criação da Feira das Fontainhas.
Figlia del Dolore, Madre di Amore. Quasi una Autobiografia. Esta quase autobiografia foi preparada pelos
Signoriles e editada em 1990 pela Mimep-Docete. A tradução dos textos é
dos mesmos Signoriles, mas a autoria é atribuída à Alexandrina. Pelo seu volume, este livro mede-se com o Cristo
Gesù in Alexandrina. Ao fim de perto de 30 páginas introdutórias, inicia-se
a primeira parte, a “Vida”, que vai até à página 485; a segunda parte, “Alguns
Flashes sobre a Vida Interior”, termina na pág. 695. A partir daí até à pág. 744,
encontra-se ainda um apêndice com documentos, predominantemente da própria
Alexandrina. Trata-se duma obra de grande fôlego, a merecer há muito tradução
para português. Aguarda-se (2010) a segunda edição.
Filhas de Maria. A Alexandrina
pertenceu a esta associação de fiéis. Dada a sua piedade mariana, a filiação
nesta associação dever-lhe-ia ser particularmente querida. Não se filiou pelo
núcleo de Nossa Senhora das Dores, na Póvoa, pois o documento da sua inscrição
data 18/09/1933, da Paróquia de Cavalões, V.N. de Famalicão.
Filhas
do Coração Imaculado de Maria. Cga 704
Fiora, Luigi. Sacerdote salesiano
italiano que teve um papel relevante ao tempo do Processo Informativo
Diocesano. Escreveu a desenvolvida biografia do Summarium. É autor duma introdução ao Figlia del Dolore Madre di Amore. Postulador.
Florinhas de Maio.
Fontainhas. Importante lugar a norte de
Balasar e distante do centro da freguesia. Foi despovoado até à chegada do caminho-de-ferro, quando aí se construiu uma estação. Feira e algumas indústrias significativas (Algot). Teve aí a sua sede o Coro
Regional do Norte. Em 1937, chegou a ser proposto que Fontainhas substituísse o
nome de Balasar (para evitar a confusão com a paróquia homónima do concelho de
Guimarães); segundo essa proposta, este lugar ficaria a chamar-se lugar da
Feira.
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