quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Cont. 3


Cruzada Eucarística. A Cruzada Eucarística recebeu da acção do P.e Mariano Pinho um enorme incremento em Portugal. A Alexandrina também foi membro da associação, como o documenta o seu emblema. Saiu na revista Cruzada um relato da instalação em Balasar desta aguerrida e infantil associação.
Cruzeiro de Balasar. O actual Cruzeiro de Balasar data de 1955, do tempo do P.e Leopoldino e do final da vida da Alexandrina; é cópia do da freguesia de Vairão, do concelho de Vila do Conde.
Cunha, D. Manuel Baptista da. Arcebispo de Braga que faleceu em Vila do Conde em exílio, em 13 de Maio de 1913, aonde chegara em 19 de Dezembro do ano precedente. Daí a Alexandrina não ter sido crismada pelo arcebispo da sua diocese, mas pelo então Bispo do Algarve.
Decreto das Virtudes Heróicas. Este decreto culminava uma longa caminhada, que incluía o Processo Informativo Diocesano e o estudo dos seus escritos por peritos nomeados pela Santa Sé. Nele se reconhecem oficialmente as virtudes e feitos da Alexandrina. A publicação do Decreto das Virtudes Heróicas em 1996 foi um passo que abriu as portas à beatificação, que ocorreu oito anos depois.
Deolinda. Irmã mais velha da Alexandrina (Balasar, 21/10/1901 – ibidem, 6/12/1982) e sua companheira inseparável, como enfermeira e secretária. Profissionalmente era costureira. Jesus prometeu que ela iria directamente para o Céu, sem passar pelo Purgatório.
Desconectação dos ossos. Cga p 377
Diário Autógrafo.  Livro da Alexandrina.
Dias, Oliveira. Sacerdote jesuíta, amigo do P.e Mariano Pinho, professor no Seminário Conciliar, visitou frequentemente a Alexandrina até ir para o Brasil. Deixou uma obra muito apreciada sobre oratória sacra, intitulada Elementos de Arte Concionatória. Foi director espiritual duma freira, a que se chamou Abscôndita e em que ele supôs erradamente que se manifestavam fenómenos místicos muito palpáveis.
Ditadura. 1926-1933
Doenças.  Cga p. 755 ss; Dr. Azevedo
Durão, António. Sacerdote jesuíta. Em 30 de Maio de 1937, veio colher informações relativas à Consagração, junto da Alexandrina, por ordem da Santa Sé. As referências que sobre a visita ela escreveu na Autobiografia deixam do P.e António Durão a melhor imagem. Figlia 439
Dúvidas contra a fé.
Eis a Alexandrina. Livro escrito pelo P.e Humberto Pasquale, no seu original italiano tinha o título de Voleva Chiudere l’Inferno (Queria fechar o Inferno). Surgiu como preparação para o Processo Informativo Diocesano. A edição portuguesa data de 1967.
Entrega da Humanidade.
Escola de Mónica Cardia. Era este o nome da escola primária que a Alexandrina frequentou na Póvoa. A patrona desta escola foi uma ilustre poveira do século XVII, “beatificada pelo povo”; deixou um legado à Confraria do SS. Sacramento, pa­ra com os seus rendimentos se fazerem perpetuamen­te as cerimónias da Semana San­ta. A professora que lá ensinava chamava-se
Escolas de Balasar. Hoje existem várias escolas do ensino básico em Balasar, mas não era assim ao tempo da infância da Alexandrina. Nomeadamente não existia ensino para meninas. Professores
Escritos.
Escudetes de fechadura. Expressão com que se designam as vistosas e artísticas ferragens que noutros tempos ornavam a fechadura dos portais das casas de lavoura. Em Balasar ainda se vêem dezenas deles, em diferentes estados de conservação.
Esculturas da Alexandrina. Está ainda por esculpir uma boa imagem da Alexandrina, que misture realismo e criatividade. Isso implica o estudo das suas fotografias, do modo feminino de vestir no seu tempo. Além da escultura (de má qualidade) que se encontra junto ao túmulo em Balasar, existe uma outra na igreja paroquial da Estela.
Espanha. M
Estado Novo. A Alexandrina pôde testemunhar na Póvoa os terríveis desmandos republicanos, que levaram à expulsão dos Jesuítas, das Irmãs Doroteias, das Irmãs de Caridade e, mais tarde, à do pároco poveiro. O P.e Mariano Pinho fez quase todos os seus estudos no estrangeiro, como exilado. Inevitavelmente, estas pessoas, como o comum dos Portugueses, tiveram uma atitude de grande aceitação face ao regime do Estado Novo, que resgatou a Igreja Católica das humilhações sofridas durante a República. o Dr. Abílio Garcia de Carvalho, que também sofreu vexames da República, foi talvez a figura mais destacada do novo regime na Póvoa de Varzim dos anos Trinta. Salazar visitou a Póvoa em 1933 porventura principalmente por seu empenho que, com o objectivo de estudar a possibilidade de levar por diante as obras do porto de pesca. O Dr. Abílio Garcia de Carvalho veio a Balasar instalar a comissão   em Julho de 1933, cerca de um semana antes da chegada do P.e Leopoldino. Era das Fontainhas e chamava-se José António de Sousa Ferreira um vereador das câmaras a que presidiu o mesmo Dr. Abílio Garcia de Carvalho. O P.e Leopoldino não foi uma figura de proa do regime, mas foi sem dúvida um seu decidido apoiante. Também se distinguiu como apoiante do regime Joaquim António Machado, que era de Gresufes e era o pai da Mariazinha Machado, que foi presidente da junta longos anos. Um homem que tem ligação a Balasar e que foi também uma figura grada do salazarismo foi o Dr. Josué Trocado. Salazar, a quem a Alexandrina escreveu em  , visitou as obras de restauro da Igreja Românica de Rates em  
Este. Afluente do rio Ave, este pequeno rio, que nasce junto a Braga, serpenteia através de Balasar e no Inverno galga as margens e alaga os campos vizinhos. Durante muito tempo, constituiu uma barreira natural a dividir a freguesia. Já na Idade Média se construíram sobre ele pontes no Casal e no Vau; antes houve um ou dois “portos” (certamente vaus). Desde tempos antigos, o Este proporcionou a construção de represas que moviam moinhos (hoje não há nenhum). Na obra da Alexandrina encontram-se algumas alusões a este rio e mesmo a um moinho. Cga p. 344 nota
Estigmas. Os estigmas da Alexandrina foram reais e dolorosíssimos, mas ficaram invisíveis, a seu pedido.
Estilo. A Alexandrina é um caso literário original: ela não teve quase nenhuma instrução, mas escreveu muito e não raro com reconhecida qualidade literária. Nem sequer era uma autodidacta; podemos antes dizer que era uma inspirada: por vezes não entendia bem o que ditava. Verbalizava com correcção o seu pensamento, tinha uma expressão fluente, com um vocabulário diversificado, com recurso a imagens muito originais; ordenava os seus textos com inegável justeza. Possuía uma sensibilidade estética inesperada. Quer as cartas, quer os registos semanais dos sentimentos da alma seguem esquemas de certa fixidez, mas apesar disso evidenciam uma originalidade indesmentível. Escreveu principalmente prosa, mas também alguns poemas. Na prosa encontram-se por vezes fragmentos altamente poéticos. Novo texto do Summmarium
Eucaristia. Figlia 608
Eulália, Santa. Esta jovem santa do século IV (c. 292-304) nasceu e foi martirizada em Mérida, cidade da província de Badajoz, a menos de 100 km de Elvas. É a padroeira de Balasar. São detectáveis algumas semelhanças entre ela e a Alexandrina, nomeadamente a vigorosa opção de ambas por Cristo. Um pároco balasarense, o P.e António Martins de Faria, escreveu e publicou, em finais do século XIX, um extenso poemeto narrativo onde conta a vida de Santa Eulália e onde lhe exalta as virtudes. Balasar possui diversas imagens da sua padroeira.
Êxtases. Ficaram célebres sobretudo os êxtases da Paixão vivida pela Alexandrina com movimentos, a que assistiam várias pessoas e um dos quais foi filmado. Durante eles, ela era insensível ao mundo exterior. Mas ela mergulhou muitas mais vezes em êxtase. Às vezes fala-se indiferenciadamente em êxtases e colóquios (estes colóquios com Jesus e a Mãe de Deus ocorriam durante os êxtases). Fala-se de êxtases cantados, êxtases de fé
Faria, António Martins de. Pároco de Balasar entre 1873 e 1882, poeta e jornalista (Barcelos, 12/9/1837 - Póvoa de Varzim, 16/10/1913), foi depois para a paróquia de Beiriz (concelho da Póvoa de Varzim), que também tem como padroeira Santa Eulália. Além do poemeto sobre esta santa, publicou mais dois livros de versos. Foi arcipreste.
Faria, Molho de. Cónego da Sé primacial (Terroso, Póvoa de Varzim, 22/10/1904, Braga, 21/3/1982), professor do Seminário Conciliar e escritor, foi conterrâneo e colega do Mons. Vilar. O seu opúsculo O Caso de Balasar – Devoção aos Servos de Deus (1957?) é sobretudo uma alerta contra os exageros devocionais populares dirigidos à Alexandrina. Publicou várias outras obras. Figlia 459 ss
Fátima.
Fátima e Balasar. Opúsculo do P.e Humberto Pasquale que aproxima as revelações de Fátima e de Balasar. Não se trata de colar gratuitamente a Alexandrina a Fátima: o seu autor conheceu bem quer a mensagem de Fátima quer a própria Irmã Lúcia, com quem se correspondia, e redigiu este escrito na Itália e. Data tradução portuguesa ?. Numerosas edições em português. Data.
Feira das Fontainhas. Criada em 1929, chegou a ter um movimento muito expressivo, como o documentam notícias de jornais e até uma ou outra fotografia. A mãe da Alexandrina teve lá uma tenda para vender comida. Concursos pecuários, animação musical   Imagem Peregrina
Felício. Sacerdote jesuíta. Fala-se dele algumas vezes nos anos 30. 
Ferreira, Angelina. Professora poveira do ensino primário (30/3/1911-1/12/1993) que acompanhou desde cedo a Alexandrina. Mulher muito decidida, admiradora do Estado Novo, foi uma testemunha relevante no Processo Informativo Diocesano, sobretudo na defesa do bom nome do P.e Mariano Pinho, que o P.e Agostinho Veloso pretendia desacreditar. Verificar
Ferreira, António Gomes. Sacerdote natural de Balasar (datas- Terroso, Póvoa de Varzim, 1938), do Lousadelo, a Alexandrina conheceu-o decerto muito bem; foi arcipreste, mas nunca é mencionado na sua biografia nem nos seus escritos. Mas, por uma ou outra notícia do correspondente balasarense dos jornais da Póvoa, sabemos que visitou então a sua terra, como é natural.
Ferreira, João Alves. Médico de Macieira de Rates cga p 92 nota, p 758 “Foi o médico que a assistiu mais tempo” (P.e Leopoldino, 1943). Cga 774
Ferreira, José. Professor do ensino secundário na Póvoa de Varzim, integrou o Secretariado para a Beatificação da Alexandrina e nesta qualidade esteve na Praça de S. Pedro no dia da Beatificação. Antes e depois desta data, falou repetidamente sobre a Alexandrina na Rádio Onda Viva, além de a divulgar na imprensa escrita. Escreveu dois livros de carácter antológico: Vinde todos... à Descoberta da Alexandrina e Até aos Confins do Mundo. Foi colaborador assíduo do ex-Sítio Oficial e tem mantido correspondência com vários devotos e mesmo autores e editores estrangeiros da mesma Alexandrina, a quem presta apoio informativo. Tem em preparação, entre outros trabalhos, um desenvolvido estudo sobre a história de Balasar.
Ferreira, José António de Sousa. Este industrial das Fontainhas, que foi vereador das aldeias, do matadouro e do cemitério na câmara do Dr. Abílio Garcia de Carvalho (193  - 1940), teve papel importante na renovação viária de Balasar, nomeadamente na estrada que liga o lugar da Cruz à Gandra e a Fradelos – e que passa à porta da casa do Calvário – nos anos . Promoveu a electrificação da freguesia.
Ferreira, Lino. Na biografia da Alexandrina, Lino Ferreira é sobretudo o seu desapiedado vizinho e patrão de alguns meses e um dos energúmenos que se quis aproveitar das jovens que trabalhavam na sala da casa da D. Ana, provocando o Salto da Alexandrina, origem da sua paraplegia. Chegou à inaudita baixeza de convidar a adolescente Alexandrina para sua amante (P.e Humberto); possuiu uma mercearia. Terá sido ocasional correspondente d’O Comércio da Póvoa de Varzim. Republicano “democrático”, envolveu-se também na política local tendo inclusive presidido à Junta entre 1919 e 1923. Por altura do episódio do ataque aos protestantes, tratou a D. Ana com grande rudeza.
Ferreira da Silva e Sá, Manuel. Datas Manuel Ferreira da Silva e Sá foi um balasarense adoptivo a quem a freguesia muito deve, como dinamizador cultural. Natural de Leça de Palmeira, veio para chefe da estação das Fontainhas em 1 de Novembro de 1900 e aí se fixou definitivamente. Foi um homem de múltiplos ofícios e o principal impulsionador da criação da Feira das Fontainhas.
Figlia del Dolore, Madre di Amore. Quasi una Autobiografia. Esta quase autobiografia foi preparada pelos Signoriles e editada em 1990 pela Mimep-Docete. A tradução dos textos é dos mesmos Signoriles, mas a autoria é atribuída à Alexandrina. Pelo seu volume, este livro mede-se com o Cristo Gesù in Alexandrina. Ao fim de perto de 30 páginas introdutórias, inicia-se a primeira parte, a “Vida”, que vai até à página 485; a segunda parte, “Alguns Flashes sobre a Vida Interior”, termina na pág. 695. A partir daí até à pág. 744, encontra-se ainda um apêndice com documentos, predominantemente da própria Alexandrina. Trata-se duma obra de grande fôlego, a merecer há muito tradução para português. Aguarda-se (2010) a segunda edição.
Filhas de Maria. A Alexandrina pertenceu a esta associação de fiéis. Dada a sua piedade mariana, a filiação nesta associação dever-lhe-ia ser particularmente querida. Não se filiou pelo núcleo de Nossa Senhora das Dores, na Póvoa, pois o documento da sua inscrição data 18/09/1933, da Paróquia de Cavalões, V.N. de Famalicão.
Filhas do Coração Imaculado de Maria. Cga 704
Fiora, Luigi. Sacerdote salesiano italiano que teve um papel relevante ao tempo do Processo Informativo Diocesano. Escreveu a desenvolvida biografia do Summarium. É autor duma introdução ao Figlia del Dolore Madre di Amore. Postulador.
Florinhas de Maio.
Fontainhas. Importante lugar a norte de Balasar e distante do centro da freguesia. Foi despovoado até à chegada do caminho-de-ferro, quando aí se construiu uma estação. Feira e algumas indústrias significativas (Algot). Teve aí a sua sede o Coro Regional do Norte. Em 1937, chegou a ser proposto que Fontainhas substituísse o nome de Balasar (para evitar a confusão com a paróquia homónima do concelho de Guimarães); segundo essa proposta, este lugar ficaria a chamar-se lugar da Feira.  

Sem comentários:

Enviar um comentário