Fonte de S. Pedro de Rates. A Fonte de
S. Pedro de Rates, no Casal, teve durante muitos séculos grande importância,
pois pretendia-se que assinalava um iniludível milagre daquele santo. Foi vulgar os balasarense deixarem missas em sua honra. Desde que
se constatou o carácter lendário de S. Pedro de Rates, a fonte ficou
desacreditada e até votada a desprezo. Próximo dela ficava a antiga Igreja Paroquial de Balasar, a que
sucedeu a ermida de Nossa Senhora da Piedade e depois a capela de S. Luzia.
Fotografias da Alexandrina. A primeira
fotografia da Alexandrina data de 1929 ou 1930; a seguinte é de 1935 e foi
tirada pelo P.e Pinho, dando ocasião a comentários maldosos; do período em que
vivia a paixão com movimentos, há várias e em posições que mostram que durante
esses momentos de êxtase não estava sujeita às limitações da paraplegia (até se
vê de joelhos, mas em nenhuma aparece de pé). Há um pequeno e original
conjunto, posterior, tirado na Trofa, aquando da segunda ? ida ao Porto; nele,
ela vê-se ao ar livre e sentada, com naturalidade, coisa que não volta a
acontecer. Do tempo do P.e Humberto, também há algumas, de anos diferentes. Do
caixão. O fotógrafo Pelicano chegou a organizar uma pequena colecção de
fotografias, que não eram só da Alexandrina, com a menção de “reprodução
proibida”.
Fundação Beata Alexandrina. Criada em
2011.
Galindo, Adela. Fundadora das religiosas
dos Corações Trespassados de Jesus e de Maria, com sede em Miami, EUA, é
natural de . Trata-se duma pessoa culta, que residiu certo período de tempo na
Alemanha. O site dos Dois Corações possui uma das mais antigas páginas da
Internet sobre a Alexandrina.
Gestrins. Lugar de Balasar, a norte do
rio, onde, nos séculos iniciais da nacionalidade, existiu uma pousa real. Até
ao século XVIII ao menos, a palavra escrevia-se Gestrim.
Gomes, Alberto. Datas Sacerdote diocesano que foi confessor da Alexandrina, a
pedido do P.e Mariano Pinho; desempenhou-se deste encargo durante longo
período, às vezes com grandes dificuldades e até à morte dela. Fundou na sua
paróquia de Travassos a Obra do Amor Divino. Livros.
Gomes, Irene. A poveira Irene Gomes,
que era solteira, frequentava a casa da Alexandrina, como muitas outras pessoas
da sede do concelho. Era duma família abastada; foi ela que, no dia do funeral,
comprou pano para se fazer o vestido de Filha de Maria que a defunta havia de
levar no caixão. Cga p 696 nota.
Gomes, Manuel da Costa. O P.e Manuel da
Costa Gomes nasceu na freguesia de Paradela, Barcelos e faleceu na Póvoa em
1956. Foi pároco de S. José de Ribamar, Póvoa de Varzim, desde a criação desta
paróquia, acumulando essa função com o cargo de Arcipreste de Vila do Conde e
Póvoa de Varzim desde 1940 até à morte em 1956. A paróquia deve-lhe a dinamização
da construção da actual igreja. Nela estava sediado o Apostolado dos Doentes, a
que a Alexandrina pertenceu. Há ao menos uma carta da Alexandrina escrita num
papel onde se pede para as obras dessa igreja. Por sua vez, o P.e Manuel da
Costa Gomes, na qualidade de Arcipreste, terá junto do Arcebispo no sentido de esclarecer
a injustiça que se estava a praticar contra a Doente do Calvário. Visitou-a ao
menos em 1949 e escreveu-lhe. Segundo o P.e Leoldino,
“o falecido
arcipreste Rev. Manuel da Costa Gomes
tinha por ela (a Alexandrina) grande respeito e consideração como Director
das Obras do Apostolado dos Doentes e a Alexandrina,
sabendo da feira das oferendas em
benefício das obras da Igreja de S. José, arranjou um rico cesto e chamou
bastantes conhecidas e amigas para fazerem o mesmo”.
Gonçalves, Rosalina. Cga p 701
Gondifelos. Paróquia do concelho de
V.N. de Famalicão, que confronta com Balasar a nordeste. Na Autobiografia, a
Alexandrina conta um curioso episódio passado na sua igreja paroquial. Era de
lá a tia de quem recebeu o nome. Gresufes chegou a ser anexa de Gondifelos.
Graça, António dos Santos. Político, jornalista
e etnógrafo poveiro (16/01/1882- 07/09/1956), sucedeu a Sebastião Tomás dos
Santos como administrador do concelho (6 de Julho de 1911). Foi assim sob a sua
administração e em tempo em que a Alexandrina se encontrava na Póvoa que suspendeu o jornal que o Pároco da Matriz apoiava; o exílio do mesmo pároco aconteceu
mais tarde, mas resultou da sua iniciativa. Como dirigente partidário da ala dita democrática do
republicanismo, influiu naturalmente nos destinos de Balasar. Em tempos da República foi um carrasco do Catolicismo, tendo-lhe cabido a odiosa tarefa da nacionalização dos bens paroquiais. No seu opúsculo O Poveiro menciona as siglas da porta da Capela da Santa Cruz; propôs uma vez que a Póvoa
entregasse Balasar a Vila do Conde para em troca receber a Poça da Barca, nas
actuais Caxinas.
Granja, José Barbosa Granja. Pároco de
Balasar que sucedeu em 2005 ao P.e Francisco de Azevedo. Manteve-se no cargo até
2010, ano em que passou a residir em Fátima.
Gresufes. Actualmente Gresufes é um
lugar de Balasar, do seu extremo sudeste; foi lá que a Alexandrina nasceu. Na
Idade Média foi sede de paróquia e pertencia a senhorio nobre; o seu orago era
S. Salvador. Sabe-se que o topónimo se originou do nome Gresulfo. O lugar é um recanto relativamente isolado e
portanto sossegado, com campos férteis, água abundante e vastas zonas de mata; houve
em Gresufes algumas ricas casas de lavoura. A Gresufes, ia-se e voltava-se,
pois os caminhos não tinham – nem têm - qualquer seguimento. Nos tempos em que eles
eram atalhos miseráveis, as pessoas no geral muito pobres e não havia meios de
transporte públicos ou privados, pode-se dizer que o lugar seria de um
isolamento extremo. No espaço que hoje é Gresufes, identificaram-se noutros
tempos lugares como as Boucinhas e a Tinta. Da casa original que pertenceu à
família da Alexandrina só se conserva a cozinha, uma vez que a parte restante
foi reconstruída. Recolheu recentemente à Paróquia um dos escudetes do portal
desta casa.
Grupo cénico. O professor primário
António Costa criou um grupo cénico, que funciona junta da igreja Paroquial; mais
tarde, foi criado um outro nas Fontainhas. Junto à Igreja, salão nas
Fontainhas, ida a Forjães, Os Rambóias. A Morte de Abel.
Grupo folclórico.
Guerra, Abel. Sacerdote jesuíta que
conheceu e apreciou a vivência mística da Alexandrina desde 1934; depôs no
Processo Informativo Diocesano principalmente em defesa do bom nome do P.e
Mariano Pinho.
Hino aos Sacrários. O Hino aos Sacrários é a mais conhecida das
produções poéticas da Alexandrina; de acordo com o título é um poema de tema
eucarístico. O P.e Mariano Pinho aproxima-o do Cântico do Sol de S. Francisco e do Benedicite. Os Signoriles
Ícone da Alexandrina. Doménica Ghidotti
tinha pintado um ícone da Alexandrina para os Salesianos de Bréscia, em 2006.
Atendendo à qualidade e originalidade da obra, o pároco de Balasar quis obter
uma cópia para a sua igreja. Um grupo de italianos cotizou-se para o pagar.
Quando ele veio 2007, os salesianos italianos promoveram a publicação de um
opúsculo bilingue (italiano e português)… Cameroni, Pier Luigi - Alexandrina
ícone della Pasqua del Signore 2007
Identificação com Cristo. Cga p 481 nota, p. 568 nota, 570 nota,
Identificação com o pecador.
Cga p 507 nota
Igreja do Matinho. Antiga igreja
paroquial de Balasar, que ficava na parte norte do espaço ocupado actualmente
pelo cemitério, vinha do século XVI, de quando a paróquia de Gresufes foi definitivamente
anexada a Balasar, e foi demolida em 1907, ao tempo do começo das obras da
actual. Presume-se que para a escolha do lugar onde foi construída terá contado
o facto de ficar a distância sensivelmente igual entre o Casal e Gresufes e de se tratar já de terrenos paroquiais. No
séc. XVIII foi alvo dum profundo restauro custeado pelo Comendador (que para o efeito deve ter alienado da sua posse o casal da Igreja). Pelo Tombo
da Comenda de Balasar de 1830-1832, conhecemos as suas dimensões e até
pormenores do seu interior. A Alexandrina foi nela baptizada.
Igreja Paroquial. Balasar possuiu
várias igrejas paroquiais ao longo da sua história. A actual foi construída a
partir de finais de 1907, no lugar onde existia uma capela do Senhor da Cruz, e ficou provisoriamente concluída no final de 1909. Quando, em
1977, os restos mortais da Alexandrina foram para lá trasladados, sofreu
profundas alterações, que implicaram a retirada do belíssimo retábulo do
altar-mor em talha de imitação neo-clássica e a construção de uma espécie de
transepto. Os vitrais são ainda posteriores a essa data. Esta igreja possui
algumas antiguidades dignas de nota: imagens, cruzes, missais, um ou outro
livro, etc. A talha, as imagens, o túmulo.
Ilustradores. Foram já vários os
artistas que ajudaram ao conhecimento e divulgação da Alexandrina: Felicina
Sexto, Doménica Ghidotti, … Antunes e o desconhecido autor português dum
retrato da
Imaculado Coração. O Imaculado Coração
de Maria tem para a Alexandrina um lugar todo particular já que foi ela a
mensageira a quem Jesus confiou o encargo de solicitar a Consagração proclamada
em 1942 por Pio XII, em português, via rádio, no jubileu das Aparições de
Fátima. Foi para a obter que sofreu durante anos a Paixão com movimentos
exteriores. A Alexandrina tinha uma devoção muito grande ao mistério da
Imaculada Conceição.
Imprensa. Desde 1941, o nome da Alexandrina
surgiu várias vezes na imprensa: na publicação do P.e Terças, na Brotéria, no Jornal de Notícias, n’O Comércio do Porto, no Diário do Norte, no Ala Arriba, etc. Jornal do
Médico, O Gaiato, A Voz do Pastor
Inabitação. O conceito de inabitação,
que designa a habitação de Deus na alma do baptizado em graça (“Viremos a ele e
nele faremos a nossa habitação”, S. João, 20, ), é indispensável para o estudo
da obra da Alexandrina. Jesus chega a afirmar que o Paraíso dos homens é o Céu,
o Paraíso de Deus é a alma em graça. Poema
Institutos religiosos. Companha de
Jesus, Salesianos de D. Bosco, Missionários do Espírito Santo, Monges
Beneditinos.
Intercessão. A Alexandrina repetia
frequentemente a Jesus, pois Ele lho recomendava: “Eu sou a vossa vítima”. Dado
o sofrimento inaudito que isso acarretava, Jesus cumula-a de favores e
promete-lhe conceder ao mundo, a seu pedido, as maiores graças. Túmulo. No céu
estarei…
Internet. O lugar da Alexandrina na Internet
Ira de Deus. A ira de Deus é conhecida
do Antigo Testamento e dirige-se contra os opressores. Nas comunicações de
Jesus à Alexandrina, ela surge muitas vezes e em tom de grande ameaça face ao
pecado que alastra no mundo. O horror do pecado. Ver P.e Pinho, ou Humberto?
Jejum. A abstinência de todo o alimento
(também chamada inédia) por parte da Alexandrina ao longo de treze anos e sete
meses foi um facto cuja verdade o Dr. Azevedo quis garantir do modo mais
seguro, no que obteve inteiro êxito. A sua comprovação era fundamental, pois
colocava a vida da Alexandrina, de imediato e sem margens para dúvidas, no
âmbito do sobrenatural. No decorrer desse tempo, de facto, o seu alimento era a
Eucaristia. Por isso, ela podia inclusive ter o seu ciclo menstrual mensal, por
vezes com abundante perda de sangue. Palavras de Jesus. Convém saber que na
hagiologia católica são conhecidos muitos outros casos de inédia.
Johnston, Francis. Leigo inglês, autor
de Alexandrina, the Agony and the Glory
(1979), que se baseia na Alexandrina,
do P.e Humberto Pasquale, que ele conheceu. Cabe ao seu livro (que teve edições
na Irlanda e nos EUA) o mérito de ter divulgado da Alexandrina no mundo de
língua inglesa. Francis Johnston escreveu ainda um opúsculo para o Blue Army,
com o título de The Miracle of
Alexandrina.
Jugos. Na Autobiografia, a Alexandrina
conta que uma vez esteve na Póvoa horas seguidas a tomar conta de juntas de
gado do seu patrão. Ela lidou de perto e com frequência com o apresto agrícola
dos vistosos jugos minhotos. Em Balasar conservam-se ainda vários e belos
exemplares de jugos. Na ornamentação dos jugos a cruz ocupava quase sempre
lugar central.
Julgado de Paz. Balasar foi à roda de 1840 e durante breve período sede de
Julgado de Paz; muito mais tarde voltou a falar-se do juiz de paz.
Juramento de amor. A Alexandrina teve
uma intuição não é comum da urgência do amor a Jesus. É nesse contexto que se
deve colocar o seu gesto de lho jurar com um escrito a sangue. Naturalmente, o
P.e Pinho proibiu-lhe actos semelhantes, que podiam pôr em causa a sua saúde.
L’Amor che Muove il Sole e l’altere Stelle. Obra mais recente (2007) de Eugénia
Signorile, o seu título vem-lhe do último verso da Divina Comédia, de Dante. Alexandrina
L’Estatica. Livro do salesiano P.e
António Rebesco e que é uma versão reduzida da Alexandrina do P.e Humberto Pasquale. Além da edição italiana
(1957), teve edição em tailandês.
La Gloria dell’Uomo dei Dolori nel Sorriso di Alexandrina. Volumoso livro preparado (2005) por Eugénia Signorile, mas com
autoria atribuída a Giulio
Giacometti, Piero Sessa e à própria Eugenia Signorile. Ver
La Pira, Giorgio. Antigo presidente da Câmara de Florença,venerável, admirador da Alexandrina.
Lampade Viventi (Lâmpadas
Vivas). Associação italiana,
originária de Milão, que promove a adoração eucarística. O P.e Humberto
inscreveu nela a Alexandrina.
Laundos. Paróquia poveira onde se situa
o santuário de Nossa Senhora da Saúde que a Alexandrina visitou quando esteve
em criança na Póvoa de Varzim. Da colina de S. Félix, em cujo sopé fica o
santuário, desfruta-se um belo panorama que vai até ao mar e para o interior
até terras bastante distantes, inclusive Balasar.
Leblanc, Paulette.
Levitação. Auotob cga p 80 nota 2
LIAM. A Alexandrina foi também membro
da Liga Intensificadora da Acção Missionária, associação dinamizada pelos
Missionários do Espírito Santo. “As Missões
do Ultramar foram matéria do seu zelo apostólico, fundando por intermédio dos
Padres do Espírito Santo a Liam”. P.e Leopoldino
Lima, Carlos. Médico e professor da Universidade do Porto, foi
amigo da Alexandrina, a quem inclusive escreveu por duas vezes. Esteve ligado
de perto às diligências que visaram garantir a verdade do Jejum; por isso, pôde
assinar com o Dr. Azevedo um atestado a garanti-lo. Na altura já estava
aposentado.
Línguas asiáticas. Existem alguns textos sobre a Alexandrina
traduzidos para línguas asiáticas, como japonês (a Paixão de Jesus em Alexandrina e uma via-sacra), tailandês (ao
menos o livro L’Estatica), chinês e
bengali (breve biografia e algo mais).
Lintéis. Não há em Balasar muitos lintéis epigrafados dignos de registo. Talvez
o mais interessante seja mesmo o que pertenceu à casa dos avós da Alexandrina,
em Gresufes. A pedra em que ele está gravado serve actualmente de assento num
banco em frente à casa.
Livros. Ver bibliografia.
Loureiro António Pires de Azevedo.
Desembargador Provisor, interinamente ocupando o cargo de Governador e
Vigário Capitular do Arcebispado de Braga em 1834, que ocorre na Sentença sobre
a Santa Cruz. Trata-se sem dúvida dum intruso.
Luta com o Inferno. Cga p724 s
Machado, Joaquim. Acirrado bairrista balasarense
que foi longos anos presidente da junta local; era pai de Maria Machado. Como
não frequentava os Sacramentos, a Alexandrina um dia escreveu-lhe. Acabou por
regressar à prática religiosa, sem qualquer receio dos detractores. Cga p 798,
819.
Machado, Maria. Filha de Joaquim
Machado, era uma mulher de feitio autoritário, dirigida pelo cónego Molho de
Faria; foi visita da Alexandrina, tendo-se depois incompatibilizada com ela. Era
também natural de Gresufes, duma abastada casa pegada à da Alexandrina. Foi mãe
solteira. Na juventude quis ser freira. Opôs-se à beatificação. figlia 436, Cga
p 160 nota 6 , carta que deixou, na carta da Felismina, opinião do pai.
Madalena Fonseca. É a miraculada da Beatificação; aquando do
milagre, residia em Estrasburgo. Que milagre?
Madigan, Leo. Datas
De pátria neozelandesa, foi professor do ensino secundário em Inglaterra
e na Turquia. Autor de numerosos livros, reside em Fátima. Escreveu um opúsculo
sobre a Alexandrina, Bl. Alexandrina
Maria da Costa, the Mystical Martyr of Fatima, 2005. Tem dado preciosa
colaboração ao Sítio Oficial com as suas traduções para inglês.
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