Pasquale, Humberto. O P.e Humberto nasceu
em Vignole Borbera, junto a Turim, Itália, no dia 1 de Setembro de 1906, e
faleceu em Rivoli, Turim, em 5 de Março de 1980. Desempenhou um importantíssimo
papel junto da Alexandrina: escritos, divulgação (com êxito), Processo ? Escritor, varão apostólico. Alexandrina,
Cristo Gesù in Alexandrina, Fátima e Balasar, Sob o Céu de Balasar, Eis
Alexandrina, etc. ? Il Monello di Dio. Don Umberto Maria
Pasquale, 2006 Fundou as Edições Salesianas para as quais escreveu
numerosos opúsculos, assinadfosd às vezes por Salesianus. Depois de regressado
a Itália publicou várias outras obras. Polígrafo Cga p 400 nota, 416 nota, Primeira
vinda a Balasar em 1944. Afastamento da Alexandrina: 1948. Vinda a Balasar, em
regresso do Brasil: 1953. No Processo Informativo Diocesano.
Paulo II, João. Papa polaco de
nascimento (Polónia, 18-5-1920 — Vaticano, 2-5-2005) que presidiu à
beatificação da Alexandrina, em 25 de Abril de 2004. Foi também no seu
pontificado que saiu o Decreto das Virtudes Heróicas. Foi beatificado em 2011.
Pensamentos Soltos.
Pinho, Mariano. O jesuíta P.e Mariano
Pinho (Porto, 16 de Janeiro de 1894 — Recife, 10 de Julho de 1963) o foi
primeiro director espiritual da Alexandrina. Era um jovem seminarista quando
foi proclamada a República; partiu por isso então para o exílio, vivendo e
estudando em diversos países da Europa (Espanha, Bélgica, França, Áustria…).
Regressado a Portugal em 1929, veio para a Póvoa de Varzim onde, além de
colaborar no Mensageiro, divulgou
intensivamente a Cruzada Eucarística, para que fundou em 1930 a pequena
revista, ainda hoje existente, Cruzada.
Em 1933, por ocasião da pregação em Balasar de um tríduo sobre o Coração de
Jesus, tomou contacto com a Alexandrina, em quem em breve reconheceu em Vítima
de perseguição dentro da sua ordem, foi exilado para o Brasil (Baía e Recife),
onde deu largas à sua meritória acção de sacerdote. Em Portugal, dirigiu a Brotéria, o Mensageiro de Maria, e fundou a Cruzada.
Foi um pregador de nomeada. Legionário
das Missões outras obras publicadas anúncio da canonização site Legionário
das Missões. Escreveu sobre ela dois livros, Uma Vítima da Eucaristia (1956) e No Calvário de Balasar (1963). Nos escritos da Alexandrina, Jesus
tece-lhe altíssimos elogios e anuncia que ele há-de ser canonizado. Os seus
restos mortais repousam no cemitério de Balasar desde data.
Pio XII. Papa datas
que proclamou a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, em 1942. Um
dia, em conversa com o Arcebispo de Braga, chamou à Alexandrina “jóia que o
mundo não conheceu”. Mais Cga p 511 text e nota,
; “De
Roma por intermédio do Sr. P. Humberto, recebi um cartão com a fotografia do
Santo Padre, de braços abertos e olhos no Céu e dizia assim: "Fui recebido
pelo Santo Padre e pedi-lhe uma bênção especial para si dizendo-lhe alguma
coisa da sua vida. E ele, abrindo os braços afectuosamente e orando disse: SIM,
SIM! NÃO UMA BÊNÇÃO MAS TODAS AS BÊNÇÃOS ÀQUELA FILHA QUERIDA! E disse também:
A TODOS OS SEUS E OS QUE A RODEIAM”. (carta ao P.e M. Pinho, 9-1-50)
Poetisa. O nível da cultura literária
da Alexandrina era o de uma aldeã quase iletrada, embora muito inteligente.
Dotada de grande fluência discursiva, seria certamente capaz de improvisar em
quadras e possuía por outro lado uma sensibilidade que intuitivamente a levava
a distinguir da fala comum aquela expressão mais artística a que se chama
poesia. Os seus textos versificados não são muitos e um e ou outro encontra-se
em verso um pouco livre. Deixou fragmentos literários em prosa que, se os
dispusermos em verso livre, são poemas de inegável qualidade. Talvez seja na
Autobiografia que mais sobressai o contraste entre a sua prosa e os textos
poéticos adaptáveis a verso livre. De facto é aí que a prosa é mais prosa, mas nela
se engastam achados como o Hino aos Sacrários e outros. Nos Sentimentos da
Alma, há uma maior continuidade de certo nível poético. A Alexandrina usa a com
frequência a imagem e outros processos retóricos dum modo expedito. Manifesta
alguma predilecção por uma figura menos comum, o oximoro. Talvez nascido do seu
gosto de brincar, ele, apesar disso, ocorre mesmo em contextos intensamente
dramáticos.
Políticos
balasarenses. O P.e
Leopoldino Mateus, que conheceu bem o meio político da Póvoa, regista o nome de
alguns balasarenses que se notabilizaram pela sua intervenção política a nível
concelhio e local. Um deles era natural de Gresufes, como a Alexandrina.
Joaquim Machado. José António de Sousa Ferreira, Joaquim de Almeida, João
Salazar da Costa,
Por
detrás de um Sorriso, Alexandrina Maria da Costa. Biografia italiana da Alexandrina da autoria
do célebre P.e Gabriel Amorth, que era pessoa especialmente creditada para certos
aspectos da tarefa da sua escrita. Edições italiana (1990) e portuguesa.
Portugal. Encontra-se expresso em
várias páginas da Alexandrina um sentimento saudavelmente patriótico. Portugal
será poupado. Uma honra
Possessão.
Poveiros. Pescadores e gente anónima L M angelina, Irene Gomes,
Póvoa de Varzim. Cidade costeira, com
larga tradição piscatória e vocação turística, sede do concelho a que pertence
Balasar. Foi aí que a Alexandrina frequentou a Escola Primária entre Janeiro de
1911 e Junho de 1912, que fez a Primeira Comunhão e que alargou
significativamente o seu conhecimento do mundo, já desde a infância. A então
vila atravessava na altura um momento muito difícil, devido às drásticas limitações
que a República impunha à liberdade religiosa, com a expulsão dos Jesuítas, das
Irmãs Doroteias e das irmãs de caridade. Quartel e proposta de namoro dum
militar. Linguagem militar.
Pravisano, João. Figlia 446, pp 800
Presidentes da Junta -
Primeira República. Os factos que ocorreram durante ela.1910-1926
Processo Informativo Diocesano. O
processo Informativo Diocesano da Alexandrina decorreu em Braga, entre 1968 e
1973. Sessões testemunhos Volumes do Summarium.
O tribunal foi constituído pelos Padres Dr. Alexandrino dos Santos, Juiz
delegado, Dr. Frederico Malvar e Dr. Álvaro Dias, juízes adjuntos, cónego Dr.
Martins Gigante, promotor da Fé, Dr. Arieiro, notário. O P.e Heitor Calovi,
SDB, era o postulador da Causa da Alexandrina. Ao P.e Humberto Pasquale coube
também um importante lugar, na recolha de materiais, como antigo director
espiritual da Alexandrina e seu principal biógrafo. Testemunhou. O Processo
Informativo Diocesano é moroso e dispendioso, mas abre as portas que conduzem
posteriormente, se for caso disso, à beatificação e à canonização.
Proença, Maria da Conceição Leite Reis
Proença. Ver Sãozinha.
Profecias. Cga p716 ss,
Professores de Balasar.
Quarto. Na casa que a D. Ana recebeu só
havia um quarto, para nascente, logo a seguir à sala. Por isso, então, a sala
tinha variadas funções: era lugar de trabalho, mas também para dormir. A
fotografia mais antiga da Alexandrina foi tirada quando ela ainda lá estava a
sua cama. Só mais adiante é que foram construídos os outros quartos e é que ela
foi definitivamente para aquele que é conhecido como seu. Acontecimentos decoração,
Quinta de D. Benta. Esta quinta, também
conhecida como Quinta de Balasar, entra verdadeiramente na história com Manuel
Nunes Rodrigues, natural do Louro, V.N. de Famalicão, que para lá casou talvez
em 1741 e reconstruiu a casa para o edifício actual, com a sua magnífica capela,
como registou numa lápide; faleceu em 1758. Tinha feito fortuna no Brasil. D.
Benta (1727-17), sua esposa, deve ter melhorado significativamente a ponte de
madeira sobre o Este que ligava o norte da freguesia ao Calvário. Está
sepultada na Matriz da Póvoa de Varzim. A última descendente nobre que foi
senhora da quinta, D. Maria José Carneiro da Grã Magriço, casou com o Visconde
de Azevedo, um notável católico e homem da cultura, amigo de Camilo.
Refúgio da Paralisia Infantil. Casa de
saúde criada pelo Dr. Henrique Gomes de Araújo na Foz do Douro, onde foi feita
a verificação do jejum da Alexandrina. Não sobreviveu ao fundador.
Relicário. Por altura da Beatificação,
foram mandados fazer, na Ourivesaria Gomes, da Póvoa de Varzim, três relicários
onde se colocaram pequenos ossos da Alexandrina. Um deles ficou no Vaticano,
outro em Braga e o terceiro encontra-se junto ao túmulo, em Balasar.
Relíquias.
Resgate. Cga p 704
Regedor -
Retiro espiritual. cga p70
Reynolds, Francis. Leigo irlandês,
fundador e activo dinamizador, até à morte, em 2006, da Alexandrina Society.
Profissional de cabeleireiro, exerceu o seu mister na Inglaterra e na Irlanda.
A inspiração
Revolução Liberal. A aparição da Santa
Cruz de Balasar aconteceu num momento decisivo das lutas liberais, a duas
semanas do desembarque do Mindelo. Foi nesse período dificílimo que foi construída
a capela respectiva e que Custódio José da Costa desenvolveu a sua acção. De
1833 a 1841, a autoridade que presidiu à Arquidiocese de Braga foi ilegítima.
Ilegítimo a seu modo também foi o pároco de Balasar desses anos.
Ricca, Alberto. Cónego da Sé de Lamego,
professor do liceu da Póvoa, escandalizou a pequena vila com o seu apoio ostensivo
à legislação de Afonso Costa. Elemento altamente perturbador, uma vez agrediu o
Pároco da Póvoa. A pequena Alexandrina não só deve tê-lo conhecido pessoalmente
como não deve ter ignorado o lado escandaloso do seu comportamento.
Rocha, Afonso. Datas
Açoriano residente em Reims e grande devoto da Alexandrina. Escreveu
sobre ela, criou a Alex-Diffusion, traduziu muito escritos e livros. É o
webmaster do Sítio Oficial e desenvolve ainda muitas outras actividades ao
nível da Internet, quer sobre a Alexandrina quer sobre outros temas católicos.
Rosário. Cga p 500 texto, roubo
Rowles, Kevin. Inglês residente próximo
de Londres, convertido ao catolicismo e membro da Alexandrina Society, é autor
do opúsculo Alexandrina, a Living Miracle
of the Eucharist (2006). Além da edição inglesa, este opúsculo teve já
edição australiana e americana (esta muito ilustrada). Foi nele que as Mary
Dowry’s Productions se basearam para criar o seu DVD sobre a Beata Alexandrina.
Rua da Junqueira. A Rua da Junqueira é
desde há muito uma importante artéria da Póvoa de Varzim onde se concentra
grande parte do seu comércio, particularmente em artigos de vestuário, de
calçado, ourivesaria, etc.; ao tempo em que lá viveu a Alexandrina, ainda
mantinha traços da sua origem popular. Por outro lado, visto ficar próxima do
Centro Republicano e do Café Chinês, era naturalmente frequentada pelos
republicanos radicais (um jornal destes republicanos, A Propaganda, tinha mesmo aí a sua redacção). O americano, que
vinha de Vila do Conde e se dirigia até à praia poveira, passava por esta rua.
a Maria Mataca
Sacerdotes balasarenses. O P.e Leopoldino
Mateus registou o nome de numerosos sacerdotes balasarenses ou ainda vivos ou
de que se conservava memória recente na freguesia, mas houve muitos mais ao
longo dos séculos, mesmo que se não conserve abundante memória deles.
Sagrada Escritura. Na obra da Beata
Alexandrina está presente sobretudo o Novo Testamento e a tal ponto que, a
partir dos escritos, o P.e Humberto pôde escrever o livro A Paixão de Jesus em Alexandrina Maria da Costa. Mas há alusões a
passos do antigo.
Sagrado Coração. Nos escritos. A imagem no quarto. Foi por altura
duma pregação sobre o Sagrado Coração que o P.e Mariano Pinho veio a Balasar. A
Basílica, Bagubte.
Sala. Noutros tempos, este nome algo
pomposo designava uma divisão da casa que tinha pouco das actuais salas de
estar ou de jantar. Não sendo espaço concebido propriamente para trabalho ou dormida,
prestava-se a variadas funções. Só era propriamente sala nalgum momento menos
comum, como num dia de baptizado ou na recepção do compasso, ou como câmara
ardente em momento de morte. Não se estranha por isso que mo momento do salto a
Deolinda aí costurasse ou a Alexandrina tivesse a sua cama.
Salazar, António de Oliveira. O nome de
Salazar datas, a quem a Alexandrina chegou a enviar
uma carta, sai-se muito bem dos seus escritos. Há neles uma referência um pouco
misteriosa a um bolchevismo que ameaçava o país e que poderá referir-se ao
regime de esquerda actualmente em vigor. É recomendado que Salazar se proteja
dele. O caso da moralização das praias. O artigo do P.e Pinho. Pio XII. P.e
Leopoldino. Dr. Azevedo. Gente inteligente, culta e honesta. A revisão
histórica pós-25 de Abril. Opinião de António José Saraiva: "Salazar foi,
sem dúvida, um dos homens notáveis da história de Portugal e possuía uma
qualidade que os homens notáveis nem sempre possuem, a recta intenção".
Expresso, Abril de 1989.
Salto. O Salto da janela da sala da
Casa do Calvário, em 1918, foi um gesto heróico da Alexandrina que a coloca ao
lado de santas como Inês de Roma ou Margarida Goretti. Segundo os médicos, este
salto terá tido consequências irreversíveis para a sua coluna, estando na
origem da sua posterior paraplegia. As amigas. A sua determinação. Os
energúmenos. A casa
Santa Cruz. No dia do Corpo de Deus de
1832, duas semanas antes do Desembarque do Mindelo, ocorreu em Balasar a
aparição duma misteriosa cruz desenhada no chão do lugar onde agora se vê a
capela desta invocação. Como não existia a actual Igreja Paroquial, devia
tratar-se dum espaço muito ermo. Uma vez que já havia a velha ponte de madeira
que D. Benta mandara reconstruir, o lugar da aparição ficava à margem da
estrada que vinha de Gestrins para a Igreja do Matinho (do Casal e Lousadelo
vir-se-ia usualmente mais por cima, pelo Calvário). A paróquia possui cópia
duma sentença do tribunal episcopal sobre a Santa Cruz, datada de 1834. É um
documento digno de inteiro crédito e conta-nos como se deu a aparição e as
diligências feitas para a criação da confraria. A Confraria da Santa Cruz
chegou a possuir três pequenos imóveis: a actual capela, uma outra sem dúvida
muito mais espaçosa que ficava no lugar da actual igreja e uma casinha das
esmolas, a que chamavam o mosteiro. A divulgação desta devoção muito deve a Custódio
José da Costa. Durante muitas décadas do séc. XIX, a Santa Cruz de Balasar foi
objecto de larga romagem popular, como o testemunha o “romance” de Gomes de
Amorim As Duas Fiandeiras, os
ex-votos oferecidos e até as siglas que os pescadores poveiros deixaram na porta
da capela respectiva. Poucos meses após o P.e Leopoldino tomar conta da
paroquialidade de Balasar, começou a ser publicada no jornal A Propaganda uma série de treze artigos
de carácter histórico sobre a Santa Cruz. Pensamos que o autor deles era o novo
pároco, embora venham assinados apenas por Z. A importância da Santa Cruz
aumentou incomensuravelmente após as referências que Jesus lhe fez nos
colóquios com a Alexandrina. Nos documentos da Alexandrina citações
Santa Missão. 1950, 1951. Que
contributo para a vinda das pessoas em 1953?
Santos, Cândido Manuel dos. Este
balasarense adoptivo (Gondifelos, 14/12/1892-Balasar,
16/8/1966), de poucas posses económicas, que residia próximo da Igreja
Paroquial e que deve ter sido autodidacta, foi correspondente de sucessivos
periódicos poveiros, nomeadamente republicanos, numa primeira fase. A partir do
Estado Novo, assina as suas correspondências apenas por C. Os seus conterrâneos
alcunharam-no de Cândido Pardal e ele assina por vezes como Canário. Graças
certamente ao seu entusiasmo pela República, veio a ser responsável pelo
registo civil na freguesia. Porque escreveu a correspondência de Balasar
durante décadas, fornece uma informação abundante e diversificada para a
história de Balasar e para a da Beata Alexandrina. O Idea Nova e o seu sucessor Ala
Arriba são talvez os jornais onde . Um dia, expôs ao P.e Humberto uma
opinião muito favorável à Alexandrina sobre o ensino da catequese que ela
praticou em adolescente. A partir de certa altura possuía máquina fotográfica,
pelo que não é de excluir a hipótese de ter sido ele o primeiro a fotografar a
Alexandrina.
Santas Missões.
Santos, Sebastião Tomás dos. Natural de
Carregal do Sal, este professor de Matemática ensinava em Lisboa em 1908, ano
do regicídio; daí veio então para o Liceu poveiro. Republicano radical, durante
os meses de Março a Junho de 1911, foi administrador do concelho da Póvoa de
Varzim, criando muitas dificuldades ao normal desenvolvimento da vida religiosa.
Antes de ir para o Liceu de Rodrigues de Freitas, pronunciou na Póvoa, no dia 5
de Outubro de 1911, um virulento discurso anticlerical. A Alexandrina deve-o
ter conhecido. Ensinou depois em vários liceus e dedicou-se ao estudo da
matemática.
Sem comentários:
Enviar um comentário