quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Cont. 6


Pasquale, Humberto. O P.e Humberto nasceu em Vignole Borbera, junto a Turim, Itália, no dia 1 de Setembro de 1906, e faleceu em Rivoli, Turim, em 5 de Março de 1980. Desempenhou um importantíssimo papel junto da Alexandrina: escritos, divulgação (com êxito), Processo  ? Escritor, varão apostólico. Alexandrina, Cristo Gesù in Alexandrina, Fátima e Balasar, Sob o Céu de Balasar, Eis Alexandrina, etc. ? Il Monello di Dio. Don Umberto Maria Pasquale, 2006 Fundou as Edições Salesianas para as quais escreveu numerosos opúsculos, assinadfosd às vezes por Salesianus. Depois de regressado a Itália publicou várias outras obras. Polígrafo Cga p 400 nota, 416 nota, Primeira vinda a Balasar em 1944. Afastamento da Alexandrina: 1948. Vinda a Balasar, em regresso do Brasil: 1953. No Processo Informativo Diocesano.
Paulo II, João. Papa polaco de nascimento (Polónia, 18-5-1920 — Vaticano, 2-5-2005) que presidiu à beatificação da Alexandrina, em 25 de Abril de 2004. Foi também no seu pontificado que saiu o Decreto das Virtudes Heróicas. Foi beatificado em 2011.
Pensamentos Soltos.
Pinho, Mariano. O jesuíta P.e Mariano Pinho (Porto, 16 de Janeiro de 1894 — Recife, 10 de Julho de 1963) o foi primeiro director espiritual da Alexandrina. Era um jovem seminarista quando foi proclamada a República; partiu por isso então para o exílio, vivendo e estudando em diversos países da Europa (Espanha, Bélgica, França, Áustria…). Regressado a Portugal em 1929, veio para a Póvoa de Varzim onde, além de colaborar no Mensageiro, divulgou intensivamente a Cruzada Eucarística, para que fundou em 1930 a pequena revista, ainda hoje existente, Cruzada. Em 1933, por ocasião da pregação em Balasar de um tríduo sobre o Coração de Jesus, tomou contacto com a Alexandrina, em quem em breve reconheceu    em Vítima de perseguição dentro da sua ordem, foi exilado para o Brasil (Baía e Recife), onde deu largas à sua meritória acção de sacerdote. Em Portugal, dirigiu a Brotéria, o Mensageiro de Maria, e fundou a Cruzada. Foi um pregador de nomeada. Legionário das Missões outras obras publicadas anúncio da canonização site Legionário das Missões. Escreveu sobre ela dois livros, Uma Vítima da Eucaristia (1956) e No Calvário de Balasar (1963). Nos escritos da Alexandrina, Jesus tece-lhe altíssimos elogios e anuncia que ele há-de ser canonizado. Os seus restos mortais repousam no cemitério de Balasar desde  data.
Pio XII. Papa datas que proclamou a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, em 1942. Um dia, em conversa com o Arcebispo de Braga, chamou à Alexandrina “jóia que o mundo não conheceu”. Mais Cga p 511 text e nota, ; “De Roma por intermédio do Sr. P. Humberto, recebi um cartão com a fotografia do Santo Padre, de braços abertos e olhos no Céu e dizia assim: "Fui recebido pelo Santo Padre e pedi-lhe uma bênção especial para si dizendo-lhe alguma coisa da sua vida. E ele, abrindo os braços afectuosamente e orando disse: SIM, SIM! NÃO UMA BÊNÇÃO MAS TODAS AS BÊNÇÃOS ÀQUELA FILHA QUERIDA! E disse também: A TODOS OS SEUS E OS QUE A RODEIAM”. (carta ao P.e M. Pinho, 9-1-50)
Poetisa. O nível da cultura literária da Alexandrina era o de uma aldeã quase iletrada, embora muito inteligente. Dotada de grande fluência discursiva, seria certamente capaz de improvisar em quadras e possuía por outro lado uma sensibilidade que intuitivamente a levava a distinguir da fala comum aquela expressão mais artística a que se chama poesia. Os seus textos versificados não são muitos e um e ou outro encontra-se em verso um pouco livre. Deixou fragmentos literários em prosa que, se os dispusermos em verso livre, são poemas de inegável qualidade. Talvez seja na Autobiografia que mais sobressai o contraste entre a sua prosa e os textos poéticos adaptáveis a verso livre. De facto é aí que a prosa é mais prosa, mas nela se engastam achados como o Hino aos Sacrários e outros. Nos Sentimentos da Alma, há uma maior continuidade de certo nível poético. A Alexandrina usa a com frequência a imagem e outros processos retóricos dum modo expedito. Manifesta alguma predilecção por uma figura menos comum, o oximoro. Talvez nascido do seu gosto de brincar, ele, apesar disso, ocorre mesmo em contextos intensamente dramáticos.
Políticos balasarenses. O P.e Leopoldino Mateus, que conheceu bem o meio político da Póvoa, regista o nome de alguns balasarenses que se notabilizaram pela sua intervenção política a nível concelhio e local. Um deles era natural de Gresufes, como a Alexandrina. Joaquim Machado. José António de Sousa Ferreira, Joaquim de Almeida, João Salazar da Costa,
Por detrás de um Sorriso, Alexandrina Maria da Costa. Biografia italiana da Alexandrina da autoria do célebre P.e Gabriel Amorth, que era pessoa especialmente creditada para certos aspectos da tarefa da sua escrita. Edições italiana (1990) e portuguesa.
Portugal. Encontra-se expresso em várias páginas da Alexandrina um sentimento saudavelmente patriótico. Portugal será poupado. Uma honra
Possessão.
Poveiros. Pescadores e gente anónima L M angelina, Irene Gomes,
Póvoa de Varzim. Cidade costeira, com larga tradição piscatória e vocação turística, sede do concelho a que pertence Balasar. Foi aí que a Alexandrina frequentou a Escola Primária entre Janeiro de 1911 e Junho de 1912, que fez a Primeira Comunhão e que alargou significativamente o seu conhecimento do mundo, já desde a infância. A então vila atravessava na altura um momento muito difícil, devido às drásticas limitações que a República impunha à liberdade religiosa, com a expulsão dos Jesuítas, das Irmãs Doroteias e das irmãs de caridade. Quartel e proposta de namoro dum militar. Linguagem militar.
Pravisano, João. Figlia 446, pp 800
Presidentes da Junta -
Primeira República. Os factos que ocorreram durante ela.1910-1926
Processo Informativo Diocesano. O processo Informativo Diocesano da Alexandrina decorreu em Braga, entre 1968 e 1973. Sessões testemunhos Volumes do Summarium. O tribunal foi constituído pelos Padres Dr. Alexandrino dos Santos, Juiz delegado, Dr. Frederico Malvar e Dr. Álvaro Dias, juízes adjuntos, cónego Dr. Martins Gigante, promotor da Fé, Dr. Arieiro, notário. O P.e Heitor Calovi, SDB, era o postulador da Causa da Alexandrina. Ao P.e Humberto Pasquale coube também um importante lugar, na recolha de materiais, como antigo director espiritual da Alexandrina e seu principal biógrafo. Testemunhou. O Processo Informativo Diocesano é moroso e dispendioso, mas abre as portas que conduzem posteriormente, se for caso disso, à beatificação e à canonização.
Proença, Maria da Conceição Leite Reis Proença. Ver Sãozinha.
Profecias. Cga p716 ss,
Professores de Balasar.
Quarto. Na casa que a D. Ana recebeu só havia um quarto, para nascente, logo a seguir à sala. Por isso, então, a sala tinha variadas funções: era lugar de trabalho, mas também para dormir. A fotografia mais antiga da Alexandrina foi tirada quando ela ainda lá estava a sua cama. Só mais adiante é que foram construídos os outros quartos e é que ela foi definitivamente para aquele que é conhecido como seu. Acontecimentos decoração,
Quinta de D. Benta. Esta quinta, também conhecida como Quinta de Balasar, entra verdadeiramente na história com Manuel Nunes Rodrigues, natural do Louro, V.N. de Famalicão, que para lá casou talvez em 1741 e reconstruiu a casa para o edifício actual, com a sua magnífica capela, como registou numa lápide; faleceu em 1758. Tinha feito fortuna no Brasil. D. Benta (1727-17), sua esposa, deve ter melhorado significativamente a ponte de madeira sobre o Este que ligava o norte da freguesia ao Calvário. Está sepultada na Matriz da Póvoa de Varzim. A última descendente nobre que foi senhora da quinta, D. Maria José Carneiro da Grã Magriço, casou com o Visconde de Azevedo, um notável católico e homem da cultura, amigo de Camilo.
Refúgio da Paralisia Infantil. Casa de saúde criada pelo Dr. Henrique Gomes de Araújo na Foz do Douro, onde foi feita a verificação do jejum da Alexandrina. Não sobreviveu ao fundador.
Relicário. Por altura da Beatificação, foram mandados fazer, na Ourivesaria Gomes, da Póvoa de Varzim, três relicários onde se colocaram pequenos ossos da Alexandrina. Um deles ficou no Vaticano, outro em Braga e o terceiro encontra-se junto ao túmulo, em Balasar.
Relíquias.
Resgate. Cga p 704
Regedor -
Retiro espiritual. cga p70
Reynolds, Francis. Leigo irlandês, fundador e activo dinamizador, até à morte, em 2006, da Alexandrina Society. Profissional de cabeleireiro, exerceu o seu mister na Inglaterra e na Irlanda. A inspiração
Revolução Liberal. A aparição da Santa Cruz de Balasar aconteceu num momento decisivo das lutas liberais, a duas semanas do desembarque do Mindelo. Foi nesse período dificílimo que foi construída a capela respectiva e que Custódio José da Costa desenvolveu a sua acção. De 1833 a 1841, a autoridade que presidiu à Arquidiocese de Braga foi ilegítima. Ilegítimo a seu modo também foi o pároco de Balasar desses anos.
Ricca, Alberto. Cónego da Sé de Lamego, professor do liceu da Póvoa, escandalizou a pequena vila com o seu apoio ostensivo à legislação de Afonso Costa. Elemento altamente perturbador, uma vez agrediu o Pároco da Póvoa. A pequena Alexandrina não só deve tê-lo conhecido pessoalmente como não deve ter ignorado o lado escandaloso do seu comportamento.
Rocha, Afonso. Datas Açoriano residente em Reims e grande devoto da Alexandrina. Escreveu sobre ela, criou a Alex-Diffusion, traduziu muito escritos e livros. É o webmaster do Sítio Oficial e desenvolve ainda muitas outras actividades ao nível da Internet, quer sobre a Alexandrina quer sobre outros temas católicos.
Rosário. Cga p 500 texto, roubo
Rowles, Kevin. Inglês residente próximo de Londres, convertido ao catolicismo e membro da Alexandrina Society, é autor do opúsculo Alexandrina, a Living Miracle of the Eucharist (2006). Além da edição inglesa, este opúsculo teve já edição australiana e americana (esta muito ilustrada). Foi nele que as Mary Dowry’s Productions se basearam para criar o seu DVD sobre a Beata Alexandrina.
Rua da Junqueira. A Rua da Junqueira é desde há muito uma importante artéria da Póvoa de Varzim onde se concentra grande parte do seu comércio, particularmente em artigos de vestuário, de calçado, ourivesaria, etc.; ao tempo em que lá viveu a Alexandrina, ainda mantinha traços da sua origem popular. Por outro lado, visto ficar próxima do Centro Republicano e do Café Chinês, era naturalmente frequentada pelos republicanos radicais (um jornal destes republicanos, A Propaganda, tinha mesmo aí a sua redacção). O americano, que vinha de Vila do Conde e se dirigia até à praia poveira, passava por esta rua. a Maria Mataca
Sacerdotes balasarenses. O P.e Leopoldino Mateus registou o nome de numerosos sacerdotes balasarenses ou ainda vivos ou de que se conservava memória recente na freguesia, mas houve muitos mais ao longo dos séculos, mesmo que se não conserve abundante memória deles.
Sagrada Escritura. Na obra da Beata Alexandrina está presente sobretudo o Novo Testamento e a tal ponto que, a partir dos escritos, o P.e Humberto pôde escrever o livro A Paixão de Jesus em Alexandrina Maria da Costa. Mas há alusões a passos do antigo.
Sagrado Coração. Nos escritos. A imagem no quarto. Foi por altura duma pregação sobre o Sagrado Coração que o P.e Mariano Pinho veio a Balasar. A Basílica, Bagubte.
Sala. Noutros tempos, este nome algo pomposo designava uma divisão da casa que tinha pouco das actuais salas de estar ou de jantar. Não sendo espaço concebido propriamente para trabalho ou dormida, prestava-se a variadas funções. Só era propriamente sala nalgum momento menos comum, como num dia de baptizado ou na recepção do compasso, ou como câmara ardente em momento de morte. Não se estranha por isso que mo momento do salto a Deolinda aí costurasse ou a Alexandrina tivesse a sua cama.
Salazar, António de Oliveira. O nome de Salazar datas, a quem a Alexandrina chegou a enviar uma carta, sai-se muito bem dos seus escritos. Há neles uma referência um pouco misteriosa a um bolchevismo que ameaçava o país e que poderá referir-se ao regime de esquerda actualmente em vigor. É recomendado que Salazar se proteja dele. O caso da moralização das praias. O artigo do P.e Pinho. Pio XII. P.e Leopoldino. Dr. Azevedo. Gente inteligente, culta e honesta. A revisão histórica pós-25 de Abril. Opinião de António José Saraiva: "Salazar foi, sem dúvida, um dos homens notáveis da história de Portugal e possuía uma qualidade que os homens notáveis nem sempre possuem, a recta intenção". Expresso, Abril de 1989.
Salto. O Salto da janela da sala da Casa do Calvário, em 1918, foi um gesto heróico da Alexandrina que a coloca ao lado de santas como Inês de Roma ou Margarida Goretti. Segundo os médicos, este salto terá tido consequências irreversíveis para a sua coluna, estando na origem da sua posterior paraplegia. As amigas. A sua determinação. Os energúmenos. A casa
Santa Cruz. No dia do Corpo de Deus de 1832, duas semanas antes do Desembarque do Mindelo, ocorreu em Balasar a aparição duma misteriosa cruz desenhada no chão do lugar onde agora se vê a capela desta invocação. Como não existia a actual Igreja Paroquial, devia tratar-se dum espaço muito ermo. Uma vez que já havia a velha ponte de madeira que D. Benta mandara reconstruir, o lugar da aparição ficava à margem da estrada que vinha de Gestrins para a Igreja do Matinho (do Casal e Lousadelo vir-se-ia usualmente mais por cima, pelo Calvário). A paróquia possui cópia duma sentença do tribunal episcopal sobre a Santa Cruz, datada de 1834. É um documento digno de inteiro crédito e conta-nos como se deu a aparição e as diligências feitas para a criação da confraria. A Confraria da Santa Cruz chegou a possuir três pequenos imóveis: a actual capela, uma outra sem dúvida muito mais espaçosa que ficava no lugar da actual igreja e uma casinha das esmolas, a que chamavam o mosteiro. A divulgação desta devoção muito deve a Custódio José da Costa. Durante muitas décadas do séc. XIX, a Santa Cruz de Balasar foi objecto de larga romagem popular, como o testemunha o “romance” de Gomes de Amorim As Duas Fiandeiras, os ex-votos oferecidos e até as siglas que os pescadores poveiros deixaram na porta da capela respectiva. Poucos meses após o P.e Leopoldino tomar conta da paroquialidade de Balasar, começou a ser publicada no jornal A Propaganda uma série de treze artigos de carácter histórico sobre a Santa Cruz. Pensamos que o autor deles era o novo pároco, embora venham assinados apenas por Z. A importância da Santa Cruz aumentou incomensuravelmente após as referências que Jesus lhe fez nos colóquios com a Alexandrina. Nos documentos da Alexandrina  citações
Santa Missão. 1950, 1951. Que contributo para a vinda das pessoas em 1953?
Santos, Cândido Manuel dos. Este balasarense adoptivo (Gondifelos, 14/12/1892-Balasar, 16/8/1966), de poucas posses económicas, que residia próximo da Igreja Paroquial e que deve ter sido autodidacta, foi correspondente de sucessivos periódicos poveiros, nomeadamente republicanos, numa primeira fase. A partir do Estado Novo, assina as suas correspondências apenas por C. Os seus conterrâneos alcunharam-no de Cândido Pardal e ele assina por vezes como Canário. Graças certamente ao seu entusiasmo pela República, veio a ser responsável pelo registo civil na freguesia. Porque escreveu a correspondência de Balasar durante décadas, fornece uma informação abundante e diversificada para a história de Balasar e para a da Beata Alexandrina. O Idea Nova e o seu sucessor Ala Arriba são talvez os jornais onde . Um dia, expôs ao P.e Humberto uma opinião muito favorável à Alexandrina sobre o ensino da catequese que ela praticou em adolescente. A partir de certa altura possuía máquina fotográfica, pelo que não é de excluir a hipótese de ter sido ele o primeiro a fotografar a Alexandrina.
Santas Missões.
Santos, Sebastião Tomás dos. Natural de Carregal do Sal, este professor de Matemática ensinava em Lisboa em 1908, ano do regicídio; daí veio então para o Liceu poveiro. Republicano radical, durante os meses de Março a Junho de 1911, foi administrador do concelho da Póvoa de Varzim, criando muitas dificuldades ao normal desenvolvimento da vida religiosa. Antes de ir para o Liceu de Rodrigues de Freitas, pronunciou na Póvoa, no dia 5 de Outubro de 1911, um virulento discurso anticlerical. A Alexandrina deve-o ter conhecido. Ensinou depois em vários liceus e dedicou-se ao estudo da matemática.

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